21. novembro. 2019 - Dia mundial da Filosofia - a liberdade de expressão


Saímos do auditório Paula Rego já passava das catorze horas (por causa do prémio «Escola Amiga da criança) e a comemoração do Dia Mundial da Filosofia (dia 21 de novembro) começava, na ESFLG, nessa tarde de dia 20 com um debate preparado pelos alunos que aderiram ao objetivo do EngraçARTE, por entendermos que a Filosofia pode estar em todos os momentos da nossa vida. O tema era a liberdade de expressão, tema que, curiosamente, foi também o escolhido pela associação de professores de Filosofia para a comemoração do dia.

- O que é a liberdade de expressão?
- A liberdade de expressão admite limites? E a liberdade de expressão artística?
- O que diz a lei portuguesa?
- Se a liberdade de expressão admite limites, quais são esses limites? O que justifica tais limites?
- Quais são os riscos inerentes ao estabelecimento de limites à liberdade de expressão?
   E quais são os riscos inerentes a uma liberdade de expressão sem limites?


Pois bem, as turmas 11.º D (Ciências e Tecnologia) e 11.º G (Humanidades), em fim de setembro, receberam com entusiasmo a proposta de trabalho: investigar todo o material que lhes foi apresentado, e outro que entendessem oportuno, com vista a uma apresentação pública no auditório, subordinada ao tema «Liberdade de expressão - há limites?».
Os alunos foram coordenados pelas professoras Mónica Gutierres (11.º G) e Regina Brasil (11.º D), tendo esta última turma ainda contado com a colaboração das suas professoras Manuela Duarte, de Filosofia, e Conceição Almeida, de Inglês.

No dia do debate, as posições assumidas consistiram em defesa da liberdade de expressão ilimitada e liberdade de expressão moderada.
A moderação do debate esteve  a cargo de Bernardo Lopes (11.ºD).



Na defesa da liberdade ilimitada estiveram:
Ricardo, Bolinhas e Sousa (11.º D) e Afonso e Lara (11.º G).
Na defesa da liberdade moderada estiveram:
Sara, Tânia e Patrícia, (11.º G ) Mafalda, Maia e Balaus (11.º D).

Vejamos uns pequeninos momentos da intervenção dos participantes, apenas para conseguirmos imaginar o interesse com que os assuntos foram debatidos e o clima gerado.


Intervenção do Bolinhas



Intervenção da Patrícia


Intervenção da Sara


Intervenção da Tânia


Intervenção do Balaus

E muitos outros intervieram, mesmo aqueles que estavam na assistência.
O debate ultrapassou as expectativas dos alunos participantes e das professoras presentes (Mónica, Regina e Bertina) e os alunos manifestaram o desejo de repetir o debate de assuntos.

Todos os alunos intervenientes partiram da liberdade artística (e da polémica criada pela canção BFB de Valete) para atingirem a liberdade de expressão em sentido global. Todos pensaram nas seguintes questões:

(1) A canção do artista «Valete», a reação do movimento «A violência contra as mulheres não é arte nem cultura» e o debate na imprensa
Se há limites, será que foram ultrapassados pelo artista «Valete»? E o que poderíamos legitimamente fazer para o impedir de continuar a ultrapassar limites?

(2) O humor satírico pisa o risco
O humor satírico seria possível se fosse proibido ofender? Quais seriam os riscos de proibir as ofensas? Como seria um país em que os humoristas tivessem medo de ofender alguém?

(3) Um advogado comenta a decisão de uma juíza
Quais seriam os riscos de limitar o direito a comentar a decisão de um magistrado?

(4)  O debate noutros países
Devem as universidades ser «espaços seguros» nos quais os discursos agressivos são proibidos? A proibição dos discursos agressivos ameaça a liberdade de expressão? A tolerância em relação aos discursos agressivos ameaça a segurança das pessoas neles referidas?




20. novembro. 2019 - 4 distinções «Escola amiga da criança»


O auditório Paula Rego foi o palco da comemoração do Dia dos direitos das crianças, iniciativa da Câmara de Cascais, culminando com a entrega dos prémios «Escola amiga da criança», pela CONFAP e Leya.
O EngraçARTE esteve presente, representado pelo seu núcleo duro (Lia, Lisa, Maria, Eduarda, Bernardo, Manuel, Lara, Tiago e Alina), acompanhados pela professora Regina.





O EngraçARTE ocupava uma fila de caras risonhas e bonitas (da direita para a esquerda, a Alina, a Duda, a Lisa, a Maria, o Manuel, o Tiago, a Lara, a Lia e o Bernardo).




Participaram ativamente no fórum, tendo a Maria e a Lia intervindo em diferentes ocasiões. Fica aqui o final de uma intervenção da Lia.


No fim subimos ao palco para receber os prémios e a professora Regina não quis deixar de dar publicamente os parabéns aos seus meninos e meninas pelo trabalho e dedicação que colocam naquilo que fazem, agradecendo-lhes toda a disponibilidade e empenho. 
E salientou que no EngraçARTE se faz voluntariado há anos, dando os alunos e professoras o seu tempo livre, em troca de sorrisos e de boa disposição, bem diferente daquela ocupação de tempos livres (o "voluntariado" das Marés Vivas) de que se falou no fórum, atividade pela qual os participantes recebem algum dinheiro.




No fim, a fotografia.


11. novembro. 2019 - Logótipo do EngraçARTE


A nova página do agrupamento tem uma entrada específica para os projetos e desejámos criar um para o EngraçARTE.
A professora Regina lembrou-se de recuperar o antigo logótipo da ESFLG, aquela imagem estilizada de Lopes-Graça, que se perdeu com o novo símbolo do agrupamento. Ora bem, nada como fazer sair dos caracóis do maestro, e consequentemente da sua cabeça, as principais atividades a que se tem dedicado o EngraçARTE: teatro, comemorações, intervenção social e voluntariado.
E assim nasceu esta imagem com que nos identificamos. 





6. novembro. 2019 - Centenário do nascimento de Sophia



Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu há 100 anos.
O EngraçARTE presta-lhe a sua homenagem e alguns alunos leram poemas de Sophia e escolheram as palavras que mais significativas se lhes revelaram.









A poeta

A poeta, que abominava o termo poetisa, por o achar depreciativo, nasceu no Porto, a 6 de novembro de 1919 e, até dezembro, o país, de norte a sul, enche-se de evocações da sua obra e de homenagem à sua memória. Em 1946, casou com Francisco Sousa Tavares, com quem teve cinco filhos (divorciou-se em 1985). Com breve passagem pela política (foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo,do Porto na lista do Partido Socialista), a sua grande paixão eram as palavras e a escrita encheu-a de prémios. Em 1999, tornou-se na primeira mulher a receber o Prémio Camões.
Sophia moreu em 2004, aos 84 anos, em Lisboa, e repousa, desde 2014, no panteão nacional.
É lembrada num concerto comemorativo do seu  centenário no Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa. "Orpheu ed Eurídice", de C. W. Gluck, ouvir-se-á no arranque de um programa de celebrações que abragem todas as áreas artísticas  e em todo o país.

O EngraçARTE tem ainda o propósito de encenar e representar a peça O Bojador, de Sophia. Veremos se até ao fim do ano letivo o conseguiremos fazer.


 



9.ºA

9.º D e 9.º C



Também Jorge de Sena foi lembrado na passagem do seu centenário, a 2 de novembro.